PROJETOS

Cláudio Belli realiza diversos trabalhos autorais em fotografia e vídeo, como os documentários "Doc do Bem", o trabalho em homenagem aos carregadores "Sobre Homens e Grãos", o livro "Caminho a Semonkong", sobre a África, além do Congresso Brasileiro de Fotografia



CAMINHO A SEMONKONG

Escrevi as primeiras palavras sobre esta aventura inesperada no sexto dia de viagem num veleiro já distante de qualquer terra firme, quando a lembrança de meu continente natal ainda estava fresca e meu destino, a África, distante. Ainda estava me adaptando à mudança repentina de minha vida em São Paulo para a vida de marinheiro; de concreto, cinza e ângulos retos, para eternos movimentos ondulares de tons de cinza e negro a azuis e verdes. Comecei finalmente meu diário de bordo, pois antes estava muito enjoado para pensar em caneta e papel.

A calmaria no corpo tornou-se então mais frequente. Em minhas horas livres sentava em alguma parte do deque e começava a desenhar letras, palavras, frases e histórias. Desde então não parei até aportar na África. Todo dia, escrever tornou-se uma forma de brincar com os ponteiros do relógio, que teimavam a girar devagar.
Mas, logo, a leitura de “O Náufrago”, de Gabriel Garcia Marquês, colocou minhas eventuais agonias em perspectiva. Este escritor e jornalista colombiano havia entrevistado seu conterrâneo que ficara 10 dias a deriva num pequeno bote salva vidas, sem comida ou água. Já considerado morto há dias, as correntes do oceano Pacífico o salvaram.

Decidi me informar bem onde estava e como funcionava o nosso bote salva-vidas. Além disso, descobri que tínhamos um hipirb a bordo, que transmite automaticamente via satélite nossa posição em caso de acidente. O livro não fora muito inspirador. Ainda faltava muito tempo para chegarmos em terra firme e tinha que conviver com as incertezas dos dias que seguiriam.

O desenho que um veleiro faz no mar logo se apaga. Mesmo à noite, quando os planctons brilham em cores neon, o caminho invariavelmente se apaga. Mas não se apaga na cabeça do velejador, acompanhado pelas dores e alegrias de cada rajada de vento, a fadiga, o enjoô, e os cabos puxados. Seguíamos o Sol nascente, timoneando uma embarcação de 62 pés, para a África. O mar brilhava diferentemente agora. Ele era minha casa.
Por 27 dias não pude me separar dele. Eu o vi em diferentes tonalidades, humores e molduras. Nuvens acompanhavam o Sol que avermelhava, deixando então de serem brancas como o algodão, enquanto o albatroz tornava-se uma grande envergadura silhuetada. Esta vida voadora nos fazia companhia, sem se atrever a pousar em nosso barco. Melhor. Dizem que se um albatroz pousa em um barco trás má sorte.

FIM DO APARTHEID

Quando aportei em Cidade do Cabo, senti que o apartheid não acabara. Estávamos no ano de 2003, quase dez anos do fim do apartheid. Na África do Sul a homogeneidade não existe e o preconceito é bem diferente do que vi em outros países africanos. O preconceito está encravado em suas raízes, lugar difícil de curar. Esta nação possui 12 línguas oficiais, entre elas, Khosa e Zulu, as mais faladas, e inglês e afrikaans (um antigo holandês), línguas dos dois países colonizadores que disputaram o poder do território. As batalhas decorrentes trouxeram dores e rancores em todos os povos

da região. Quando o Partido Nacional (National Party) venceu as eleições em 1948, foram delimitadas áreas onde os povos tradicionais podiam morar. O apartheid começava. Em 1958, os negros perderam sua cidadania, passando a ser cidadãos de uma das áreas delimitadas, com governo próprio, ou Bantustans (Bantu significa povo em muita das línguas Bantu). Esta estúpida política excludente somente permitia a entrada dos negros para exercer trabalhos que os brancos não queriam. De certa forma, era o que parecia ainda ocorrer.

VIDA EM COMUNIDADE

– Como você tá, Aneli? Eu estou bem – dizia a própria Aneli.
Ela repete o que os outros falam. Se você fala baixo, ela fica tranqüila. Se aumentar o tom, pode perder o controle, e se debater como uma autista. Mas pelo que entendi ela só tem algum tipo de diabetes.
A alemã Anne cuidava dela na casa Olyvembosch. Parecia ter carinho por Aneli e dava diariamente suas injeções de insulina. Na horta, Aneli ajudava-me a carregar o composto. Entendia tudo que eu pedia, mas algumas vezes cansava-se e corria pela comunidade, em disparada.

Com o grande garfo na mão, Bruce já sabia o que fazer. Logo pela manhã dirigia-se para uma cama a ser limpa e começava a retirar os matos e ervas-daninhas. O jardineiro contratado de Hermanus via em Bruce um amigo e ria de suas palhaçadas. No restante do tempo trabalhava sério, esculpindo com perfeição as camas dos vegetais.
– Por favor, chame-me de Shakespeare – reclamava Bruce, ao ser chamado por seu nome de batismo.

NO VALE DAS SANGOMAS

Entrei em outro mundo ao começar a subida de um vale. Não era o que tinha visto Koi-Chi apontar, mas decidi seguir e descobrir o que tinha à frente. Encontrei uma trilha do lado esquerdo do vale, com rochas dificultando os passos. Não sabia ainda, mas teria muito que caminhar, mesmo não chegando ao objetivo naquele dia.
Setas estavam pintadas de branco no chão de pedra. Não estava certo se era um bom sinal, já que o vale das sangomas não é rota de montanhistas. No topo da primeira montanha, depois de subir

procurando a trilha do vale, tive uma linda vista de Rustler, do buraco na montanha, do lugar onde tinha caminhado no dia anterior, da vila. Era uma imensa visão já colorida pelo Sol baixo.
Estava motivado e não importava naquele instante se eu seguia o caminho certo. O presente era melhor do que qualquer previsão para o futuro. Mas comecei a pensar sobre a possibilidade de dormir ao relento e olhava para possíveis lugares para pernoitar, alguns deles melhores do que onde acabei parando.

NAS AREIAS DE MOÇAMBIQUE

Todos os anos, no dia de nossos nascimentos, comemoramos mais um ciclo, comemoramos pela nossa vida ter permanecido na terra, enquanto esta deu uma volta completa em torno do Sol, 365 dias e 6 horas depois. Felizes, chamamos pessoas queridas para comemorar junto. No meu aniversário do ano de 2003, no dia 12 de maio, quando eu completei 24 anos, estava em um lugar que nunca imaginaria um mês antes. No dia 15 de abril eu embarcara no Rio de Janeiro em um veleiro sul-africano chamado Diel e ninguém sabia exatamente quanto tempo levaríamos para chegar ao nosso destino. Velejador nenhum sabe o tempo que um barco levado pelo vento chegará ao próximo porto. Então me questionei onde passaria meu aniversário, no oceano ou na África pela primeira vez.

Os longos dias no mar foram passando. Os medos de piratas ou acidentes, as velas trocadas, os ventos fortes e fracos tomaram seus lugares em minha memória. O dia 12 de maio aproximou-se.
Acordei para meu turno na madrugada do meu aniversário. Nascera às 4h12 e naquela hora timoneava aquele barco que cortava a noite. A festa começava. Planctons explodiam luzes no mar, estrelas cadentes possibilitavam pedidos. Tomei um café para permanecer acordado, atento ao vento. O GPS não nos enganou, estávamos bem perto da África. Algumas horas mais e gritaríamos terra à vista. Tanto tempo sem sentar embaixo de uma árvore e sentir a grama com as mãos e este sonho se torna tão intenso que é difícil de suportar. Ondas no mar parecem montanhas e vales a nossos olhos sedentos por terra. Naquele dia eu receberia o melhor e maior presente de aniversário que um dia eu poderia querer. A África, um sonho, se descortinaria a meus olhos.

Passaria meu aniversário tanto no mar quanto em terra firme. Pensava isto quando a noite começou a cair e olhei o horizonte sem piscar, não querendo perder sua aparição. Um velejador holandês, 

 que fazia dupla comigo nos turnos, avistou primeiro a luz do farol do Cabo da Boa Esperança. Eu ainda precisei de um pouco de esforço para conseguir ver, mas lá estava e ninguém podia mais tirar da gente.

Cerca de 30 milhas náuticas nos separavam daquela luz. Outras luzes, então, começaram a delinear a cidade e os contornos da Table Mountain, a montanha em forma de mesa que é o cartão postal da cidade.   

Finalmente fui abraçado pela baía Hout, Cidade do Cabo. Dos confins dos mares, agora estava perto da justaposição com a África. Podia roçar minha mão na terra, como se fosse a pele da mulher desejada. A percepção do infindável passar do tempo em terras distantes era um sintoma de que meus sentidos estavam aguçados. Exatamente um ano depois de minha chegada, muita coisa eu já tinha para lembrar. Completava um ciclo na África, um ano, 13 luas, 12 signos, 4 estações. Muitos viajantes voltam para casa depois deste período. Para mim, ainda procrastinaria a volta por um par de meses, mas começava a pensar na saudade.
Era também meu aniversário e não estava com quem planejara. Mais uma vez as estradas me trouxeram surpresas. Sentia-me sozinho e uma tristura abatia meu coração. Na noite daquele dia 12 de maio, pisei na areia da praia, descalço, buscando um contato com minha alma. Estava em Vilankulo, costa central de Moçambique. O que mais se distinguia naquela escuridão eram as estrelas e meus pensamentos. À minha frente, o tranqüilo oceano Índico apontava para terras ainda mais distantes. Meus pensamentos buscavam o outro lado. Teria que cruzar a África do Sul para chegar a Cidade do Cabo. Milhares de quilômetros pela frente, pouco dinheiro no bolso e algumas paradas para recolher as coisas que deixei pelo caminho com minhas novas famílias. Em viagens como esta, se fala oi e adeus todos os dias.

CAMPO DE REFUGIADOS PALESTINOS BORJ BARAJNEH

É impressionante existir um campo de refugiados por 70 anos. Por todo este tempo uma solução não foi encontrada para o caso dos Palestinos. O que era antes somente um campo cheio de barracas, hoje é uma cidades de pequenos prédios construídos por seus próprios moradores.

Por caminhos estreitos, paredes altas, o sol só entra perto do meio dia. É um dos confortos dos moradores de Borj Barajneh. Eles não têm passaporte, são cidadãos de lugar algum, mas suas portas são a entrada de seus lares, onde desfrutam o carinho e a proteção de suas famílias.

VIDA SEM CIDADANIA

Em um terreno da ONU inserido no meio de Beirute, sem possibilidades de crescer, famílias fugidas da Palestina em 1948, no que eles chamam de Nakba. As famílias não param de crescer, e têm que se adaptar ao espaço, construindo pequenos prédios, andar sobre andar, a medida que os filhos e netos surgem.
 Como refugiados, cidadãos sem nação ou passaporte, estas crianças e jovens, com todos seus sonhos e vontades de tornar-se pessoas melhores, ficam presos a uma série de regras do país que os acolheu. O Líbano não permite que refugiados trabalhem em uma série de

atividades. Acabam restristos principalmente a trabalhos simples na construção civil. Mesmo aqueles que surpreendem as espectativas e conseguem estudar engenharia, medicina, entre outros cursos, não podem exercer o conhecimento que absorveram.
Crianças se divertem com pouco, mas faz falta espaço mais amplo para elas correrem. Não há uma quadra, e parquinhos são escadas, pilastras ou pedaços de ferros pendurados. Os jovens e adultos trabalham pesado e aproveitam a noite para fumar narguile, em um dos “cafés” de narguile, ou em casa com a família.

as dores da guerra da Síria

Zaatari

Campo de Refugiados Zaatari

Na Jordânia, a quarta maior cidade surge em poucos meses. São pessoas vindas da dor e do trauma, refugiados em barracas. Era o terceiro ano de guerra civil no país vizinho. Em 2021 completará 10 anos de um dos conflitos mais sangrentos da história. Infelizmente não pude conhecer este país cheio de histórias e belezas.

Em meio ao deserto, uma cidade de tristeza e dor cresce. Refugiados da guerra civil síria adaptam-se às novas intempéries em suas vidas, entre barracas e contâiners que ofuscam tanto quanto o chão claro. A estrutura foi montada de uma forma que alguns estudiosos acreditam que muito tempo levará para voltarem a suas terras natais.

SOBRE AS PALAFITAS

O Dique da Vila Gilda é a maior favela sobre palafitas do Brasil, com 20 mil habitantes. É uma população marginalizada, esquecida pelo restante de Santos e do Brasil.

Os problemas sociais e as faltas que esta população sofre faz a favela avançar sobre o mangue, destruindo este frágil bioma. A região de Santos possui a maior representatividade deste bioma no Estado de São Paulo, que sofre com o crescimento populacional, as invasões ilegais, e a poluição. A área verde no canto esquerdo da primeira foto

desta página está sendo destruída para uma nova ocupação.
Os canais são tomados por plástico, um problema que afeta diretamente a população local e toda a cadeia alimentar e seres dos oceanos. O instituto Ecofaxina trabalha diretamente discutindo estes problemas. Os oceanos recebem 8 milhões de toneladas de plástico por ano. Neste cantinho é possível perceber este problema como em poucos outros lugares. O plástico, além de emitir poluentes, atrai e concentra outros poluentes. As águas em torno da comunidade estão contaminadas.

AS PESSOAS QUE ALI VIVEM

Ao lado de uma porta de madeira simples um menino come seu iogurte, ao lado da mãe no celular, e do cachorro vira-lata que observa o caminho. Ali muito da vida da Vila Gilda pode ser observada: homens carregam um fogão, o menino que passa com uma gaiola, roupas penduradas para secar, o sol que vai desenhando pelas frestas estreitas.

Ali é tudo simples e improvisado com o material disponível, mas com cores que as vezes surpreendem, e um tipo de beleza caótica. A dificuldade da vida ali é clara. Estas pessoas por muitos anos ou por todas suas existências conhecem somente aquela realidade. Compram ilegalmente um terreno alagado ou semialagado e constroem ou procuram manter em pé barracos construídos sobre palafitas, estacas de madeiras de todos os tipos e de qualidade duvidosa – precisam ser trocadas frequentemente – a cada 2 / 3 anos. Quando um incêndio começa, apesar da grande quantidade de água em torno, muitos barracos são destruídos.

 

Crianças podem ser felizes com muito pouco. E apesar da pobreza trazer uma série de limitações e problemas para a vida destes jovens, como poucas oportunidades para construir um vida adulta próspera, ela trás um senso de vida em comunidade como em poucos lugares e uma grande liberdade espacial. Eles seguem soltos por todos os cantos da região dos mangues.
Um destes cantinhos tem um pequeno poço ao lado de uma árvore. O poço é sujo, com água parada, e uma parede de metal colorida em uma das extremidades. A árvore tem um galho, e no galho uma corda pendurada. Na corda as crianças se penduram e saltam na água. Brincam alegres e livres.
O carnaval trás alegria numa semana de fevereiro, todo ano. Uma das consequências é a grande quantidade de lixo que produz. O grandes carros alegóricos têm que ter algum destino. Um destes destinos é no Dique da Vila Gilda, num grande descampado, onde carros, tecidos coloridos, ferros retorcidos, bonecos com partes amputadas apodrecem nas interpéries.

CRECHE BARONESA DE LIMEIRA

Riscos de giz na losa; alfabeto em papel colorido; fotos e brinquedos espalhados; desenhos em lápis de cor em papel de destaque. O professor tem papel importante no mundo. Eles participam da formação intelectual, emocional e de cidadania de pessoas em diferentes faixas etárias. Mas vamos falar da formação na primeira infância e mesmo antes de pessoinhas aprenderem a andar. Em parceria com os pais, que tem função primeira, os professores dão

amor, conhecimento, interação, inspiração, convívio para os pequenos.
Neste ensaio pedi para que as professora da creche Baronesa de Limeira escolhessem objetos que tinham significado em seu trabalho, que lembrassem das crianças ou do processo de educação. Fizemos fotos em fundo neutro montado na quadra da creche em dia de parada pedagógica.

A verdadeira educação é em primeiro lugar inspirar e mostrar o potencial que cada um tem de forma particular.

Guaritas

A repetição e o ciclo vicioso de pensamentos e atitudes negativas é o que procura representar o trabalho Guaritas.

Parte da arquitetura e paisagem paulistana, as guaritas são símbolo e consequência do medo.

Uma tênue relação entre sonho e realidade; o medo e a vontade do lugar ideal; o perigo e a paz e a busca constante

olhos e ouvidos

sobre homens e grãos

O TEMPO DO MOSAICO

Quando uma fotografia é feita, aquela realidade instantaneamente já não existe. É passado. Em um mosaico, isso acontece múltiplas vezes, e junta em uma imagem uma linha do tempo. Em alguns casos esta mudança de tempo é clara, em outras a mudança é subjetiva, mas está lá. 

O time-lapse é usado para mostrar claramente este movimento de respiração da zona cerealista: no inspirar os armazéns são cheios, no expirar, eles voltam para o caminhão e seus destinos na cidade – como brônquios que alimentam as células da cidade.

missão

ciclo

saqueiros

carregadores

Viagem ao passado em Lancaster

Amish

REFUGIO PARA OS AMISH - LANCASTER - PENSILVANIA - USA

Dos cerca de 200 mil Amish no mundo, mais de 40 mil estão em Lancaster. Ali foi um dos lugares que a comunidade encontrou para levar o seu modo simples de vida, distantes da tecnologia do mundo moderno, com sua própria igreja, derivada dos mennonitas, uma escola radical de protestantes, e sua própria escola. Surgiram na Suiça e migraram para fugir de perseguições e da obrigatorieade do serviço militar. Eles são contra qualquer tipo de violência.

LAR – ROUPAS NO VARAL

É praticamente uma constante nas fazendas Amish grandes varais com roupas nos mesmos tons de preto, branco e algumas tonalidades de cinza. As cores são praticamente ausentes, tornando o cenário equilibrado, simétrico e quase previsível. Suas carroças são puxadas por lindos cavalos, e usam também o patinete com rodas de bicicleta. Aram a terra com força animal. Aos 18 anos os jovens decidem se querem continuar na comunidade e na religião. Caso decidam ficar, são batizados. Cerca de 90% deles decidem ficar.

 

UM NEGATIVO

EXPERIENCIA ENTRE OS AMISH

Dirigi uma série de vezes da Filadélfia para Lancaster para caminhar nas longas ruas bem asfaltadas entre as fazendas Amish. Logo percebi que seria uma experiência solitária, pois estava em uma comunidade fechada, que usa seu próprio idioma, um tipo de alemão, e não é fã de fotografias. Sempre gostei de caminhar longas distâncias, inclusive sozinho. Estar no meio de tantas tradições foi uma viagem no tempo.

Em uma das visitas cheguei a um armazém com diversas carroças estacionadas. Fui até a porta e descobri um leilão de vacas acontecendo. Decidi entrar somente com uma câmera analógica e um negativo. Foi o único momento que os Amish me permitiram fotografar suas vidas em comunidade. 

Os negativos foram fotografados sobre um antigo retroprojetor.

SOB AS PALAFITAS

A história de uma família que vive sobre as palafitas da comunidade da Vila Gilda, em Santos. Seus moradores vivem o grave problema da poluição das águas, além de conviverem diretamente com a devastação do mangue.

Watch Now

EMERSON FERREIRA

A história de Emerson Ferreira, que não foi o primeiro a ser preso em sua família, mas foi o primeiro a se formar na faculdade e se reinseriu na sociedade com muita luta.

Watch Now

ed carlos jesus

As lutas do jovem Ed Carlos a descobrir seu lugar como cidadão depois de seu tempo na prisão.

Watch Now

sonho urbano

\

olhar dos pássaros

Xingu

entretempo

aldeias arara e pakissamba

volta grande do xingu

a última quilombola

rotina

São Francisco xavier

minas gerais

são tomé das letras

artesão

casa de pedra

festa

são paulo

casa invadida

paulistanos

canto de pedra

garoa

elevado da discórdia

roda

santa efigênia

espera

ponteiro

cor sobre cinza

pipa

carnaval

Ceagesp

membros

dia de feira

manifesto

buenos aires

Paranapiacaba

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finados

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jerusalem

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promessa

crianças

domo da rocha

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baia de Paranaguá

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ilha bela

quilombo mandira

cananéira